Sparks, o show das faíscas e fagulhas.

Nelson Piquet - Benetton-Ford
Circuito Gilles Villeneuve, GP do Canadá - 1991

Depois das labaredas causadas pelos Backfires, tinha outra atração visual dos bólidos de F1, Aposto que quem via a categoria no final da década de 80 e início da de 90 sentia algo diferente quando os carros largavam. Sempre na tensão de disputas toques e acidentes, um algo a mais fazia com que quem visse se maravilhasse com o fato. Trata-se das famosas sparks, ou na tradução livre para o português: fagulhas.

Show!

Os carros da F1 eram muito baixos, mais pelo excesso de combustíveis, já que numa época, era proibido o reabastecimento, e o assoalho dos carros acabavam tocando no chão produzindo faíscas. As faíscas saíam do contato de alguma peça metálica com o asfalto, antigamente o assoalho era todo de metal, feitas de placas de titânio, com isso em qualquer ondulação saia muita faísca, produzindo um espetáculo.

Alain Prost - Ferrari, GP da Espanha, 1990

Michele Alboreto - Footwork-Mugen Honda
Monte Carlo, GP de Mônaco, 1992.

As equipes começaram a usar isso para atrapalhar o piloto que vinha atrás. No começo dos anos 90, mais precisamente em 1994, no GP de Mônaco a FIA começou a regular o assoalho afim de diminuir as fagulhas, estabelecendo altura minima do carro e uma prancha feita de uma espécie de madeira ou plank blank, prancha parecida com os shapes de skates, na parte mais baixa do carro. Com essas mudanças, são raros os shows de fagulhas que saíam dos carros!

Será que atrapalhava mesmo o piloto que vinha atrás?
De Cesaris e Johansson,1987.

Piquet.

A Benetton, com seu bico de Tubarão, era campeã em Sparks

Hoje as faíscas são vistas quando alguma peça fica solta e arrastando no chão, mas há quem diga que este espetáculo pode estar voltando, à pedido das próprias equipes.

Willians, 1994.

Consultado sobre a possibilidade, o ex-piloto Derek Warwick se mostrou favorável à “volta do espetáculo”. “Acho que a F1 sempre tem que estar à frente da tecnologia, e é isto que temos no momento. Mas nós precisamos olhar pelo espetáculo? É claro que sim, por que é isso que atrai”, disse Warwick, presidente do Clube dos Pilotos Britânicos (BRDC). “Os fãs precisam vir (às pistas) para ter arrepios quando chegam. Coisas como faíscas são parte do pacote”, completou o ex-piloto de Toleman, Renault, Brabham e Arrows, entre outras equipes.

Riccardo Patrese, Canon Williams-Renault FW14B, 1992
San Marino GP de Imola.

Poucas imagens têm o poder de retratar tão bem uma era específica da Fórmula 1 como essas. O que mais chamam a atenção, claro, são as faíscas que marcaram a segunda metade da década de 80, criando esse visual fantástico! E se elas não existirem mais, fechem as garagens, empacote tudo e que essas imagens fiquem pra eternidade.

Que venham os sparks, as faíscas, as fagulhas....Que venham os espetáculos!

Sparks.

Mansell e Senna, GP da Espanha, 1991.

Em Spa Francorchamps, sempre tinha espetáculo.

1991 - Época das faíscas, Senna esmerilhava a Eau Rouge.

Martin Brundle, benetton, 1992.

Alain Prost, Ferrari, 1990 GP da Bélgica, Spa Francorchamps.

Osella, Spa Francorchamps, 1987.

Sparks, sempre produziram fotos espetaculares.

A Willians de Piquet, em 1987, também era fera nas faíscas.

Gerhard Berger - Ferrari - Monza, GP da Itália, 1989.

Mauricio Gugelmim em 1991, túnel de Mônaco.

A Benetton colorida

Prost e Senna, era espetáculo na certa.

Gugelmin. O carro era ruim, mas o ano de 91
deu as melhores fotos, como essa em Portugal…

Piquet, em 1987.

Nicola Larini, Osella FA1, 1988, Monza, GP da Itália.

Nigel Mansell - Ferrari
Spa Francorchamps, GP da Bélgica,1990.

No 26 Jacques Laffite - Ligier-Renault.
No 18 Thierry Boutsen - Arrows BMW.
No 15 Alan Jones. Lola-Ford.
No 27 Michele Alboreto - Ferrari.
Spa-Francorchamps, GP da Bélgica, 1986.