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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Backfire: O Show pirotécnico dos motores.

A Ferrari,  quando teve que usar pequenos V6 turbo, não fez feio.

Backfire ou afterfire, é um termo usado para descrever as explosões que ocorrem, ou ocorriam, no caso da Formula 1 da antiga era dos motores turbos,  no escapamento de um carro por causa do combustível não queimado por inteiro. É aquele estouro que dava no escapamento do "Fusquinha" do seu avô que quase matava a vizinha do coração de manhã.


O fogo que o motor solta pelo escapamento é o resultado da combustão incompleta no interior da câmara de combustão. O excesso de ar e a mistura de combustíveis pode viajar pelo coletor de admissão ou pelo escapamento e detonar antes da hora, causando o fogo.




Foi graças à Renault que a Fórmula 1 viu um motor turbo pela primeira vez, consequentemente, o show de labaredas por seus escapamentos.

 Renault RS10, 1979.
 
Patrick Tambay, 1984. Renault RE50, 1.5 V6T.

A mecânica de apenas quatro cilindros, de escape extra curto, provocava muitas labaredas em reduções e trocas de marchas do motor BMW das Brabham's. Proporcionando verdadeiros espetáculos, levando os expectadores à loucura.


Nelson Piquet e Ricardo Patrese,
em diferentes momentos na Brabham.

O Motor BMW da Brabhan de Piquet
 cuspindo fogo em Mônaco, 1983!

Show de Nelson Piquet e BMW.

Existem dois tipos de fogos: o "fogo posterior" (a detonação dentro do tubo de escapamento) e o "fogo interno" (a ignição do ar e do combustível dentro do coletor de admissão e da estrutura do acelerador).


Hart, do inglês Brian Hart, o motor do primeiro carro de Ayrton Senna, a Toleman, Lola e Spirit.


Toleman de Ayrton Senna.

Mas como isso pode acontecer em um moderno carro de corridas ou nos esportivos topo de linha? Simples. Um carro de alta performance tem seu sistema de admissão de combustível aumentado, tornando a mistura mais rica, e consequentemente, tendo que engolir mais ar. Quando se tira o pé do acelerador, o tempo de ignição cai, e com a quantidade estúpida de combustível injetada, parte dele vai para o escapamento criando um belo show pirotécnico.


Ayrton Senna.

A Motori Moderni nunca foi um primor de motor, equipava equipes pífias como a Minardi e a AGS, mas sempre davam um gostinho no telespectador quando soltava labaredas.




Os Alfa Romeo não faziam feio na frente de grandes motores no quesito fogo pelo escapamento. Eddie Cheever e Riccardo Patrese que o digam…


Benetton Alfa Romeo de Patrese e Cheever.

Os motores V6 da Honda também sempre deram shows de Backfires, além de serem tão precisos, que levaram Senna e Prost aos títulos, na fase de maior sucesso da McLaren.




A TAG Porsche, também esteve presente na McLaren, e também deu seus shows.




Backfire é raro nos carros de Formula 1 modernos, como a injeção e as misturas de combustíveis são controlados por computadores, não há mais o excesso de irrigação para a queima no motor. 


Fernando Alonso em Singapura, 2009.
Quanta diferença nas labaredas.


Uma pena, já que era um Espetáculo!


Teste BRM em 1965.

Jean Alesi, Ferrari 642/2, 1991.

Michele Alboreto, Ferrari - GP Alemanha 1985.

Nigel Mansell - Ferrari - 1990.

A Zakspeed de Jonathan Palmer, 1986.
Mais uma de Senna.

E pra terminar, mais uma do Nelsão e sua Brabhan BMW,
campeões em Backfires.

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