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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Câmeras onboard

Em filmes, essas câmeras são projetadas para aumentar a intensidade e a ação de uma cena específica.
No automobilismo, as câmeras onboard são usadas para dar uma melhor perspectiva do ponto de vista do piloto.

Grande parte do trabalho de desenvolvimento inicial que conduziu às câmeras onboard usadas hoje, foi realizado pela emissora de televisão australiana, Seven Network, durante o início dos anos 80. Em 1983, a Seven foi convidada a fornecer as imagens onboard para a NASCAR Series. Assim, passou à transmitir todas as principais categorias  automobilísticas norte americanas, bem como parte da Copa America de vela Olímpica.

A primeira vez que uma câmera onbord foi usada em um carro de F1, foi no GP da Alemanha de 1985, no carro do francês François Hesnaut, da Renaut. Veja o "orgasmo" do Galvão Bueno tentando explicar a façanha, no vídeo abaixo.



Anteriormente, as câmeras onboard só haviam sido montadas em carros de F1, para executar testes de performance dos bólidos ou para ver como se comportavam os pilotos. Há relatos de câmeras amadoramente instaladas com pessoas amarradas nos carros de F1, desde a época de Fangio, nos anos 50.

Câmera onboard de Fangio, nos anos 50.


Câmera onboard de Jim Clark, anos 60.

Depois do sucesso de transmissão da câmera do carro de François Hesnaut em 1985, mais e mais câmeras onboard foram instaladas. Desde 1998, todas as equipes de F1 têm câmeras instaladas em seus carros, geralmente são três câmeras em cada carro. Para a transmissão em 1985, foi usado um helicóptero como satélite local, para capturar as imagens geradas pelos carros e retransmitir para a central de produção televisiva para a transmissão ao vivo.


As câmeras atuais.
Várias câmeras instaladas na RBR.

Recentemente, começaram colocar câmeras também, nos capacetes dos pilotos, para dar uma perspectiva ainda maior. Mas não como essa, colocada no capacete de Jackie Stewart.


Jackie Stewart


Hoje, elas são integrantes indispensáveis para transmissões televisivas de muitos esportes.


Abaixo algumas imagens da velha escola de câmeras onboard, as percursoras da GoPro através dos anos.


Jackie Stewart, Mônaco, 1978



Depailler em Paul Ricard com uma câmera  onboard,
uma “Go Pro” das antigas, 1975.




Feliz 2015 à todos!

A saga tupiniquim na Formula 1

A história dos brasileiros e a Formula 1, começou na época dos charutões, com a estréia de Francisco Sacco Landi ou Chico Landi na F1, em Monza - GP da Itália, em 16 de setembro de 1951.



Chico Landi, no GP da Itália.
Landi deu apenas uma volta e parou com problemas de transmissão em sua Ferrari 375 - mas foi o suficiente para que a trajetória do Brasil nas pistas começasse a ser escrita. 



Chico Landi (à direita deazul) e seu Ferrari 375.

LANDI, unido-se ao uruguaio Eitel Danilo Cantoni, o argentino Alberto Crespo e ao brasileiro Gino Bianco, fundou a Escuderia Bandeirantes, com carros Maserati A6GCM. A equipe, com seus carros pintados de amarelo e rodas verdes, tornou-se o primeiro time brasileiro da F1. Monza, 1951.

No Circuito de Bremgarten, na Suiça em 23/08/1953, com o Maserati A6GCM 6 nº4 da Escuderia Bandeirantes. Landi largou em 20º. na 1ªvolta já estava em 13º e abandonou, por quebra do câmbio, a 11 voltas do final quando ocupava o 8ºlugar.


Chico Landi e seu  Maserati A6GCM 6 nº4.


Luigi Emilio Rodolfo Bertetti Bianco (Gino Bianco), italiano naturalizado brasileiro. Foi o segundo piloto a representar o país na F1. Gino, participou de quatro grandes prêmios de F1, sendo seu melhor resultado a 18ª colocação no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1952.


Gino Bianco



Hernando da Silva Ramos, o Nano, um francês naturalizado brasileiro, pilotando um Gordini T16, torna-se o terceiro piloto brazuca na categoria. Em Mônaco, Nano conquista uma importante quinta posição; em Reims ele é de novo o oitavo e em Silverstone, estréia o Gordini T32. 



GP de Zandvoort; em Aintree, 1956.


Nano, passa para História como o piloto brasileiro a marcar mais pontos no Mundial (2 x 1,5) e que mais vezes correu (7 vezes contra 6 de Chico Landi e 4 de Gino Bianco).


Gordini T32.


Em 1957, uma passagem meteórica de um pernambucano pela F1: Herbert Mackay-Fraser. Filho de um importante homem de negócios, morou nos Estados Unidos e adotou essa cidadania. Correu na Europa a partir de 1955, com carros Lotus. Sua única participação na Fórmula 1 ocorreu no GP da França/57 em Rouen. Seu carro é um BRM P25. Restou a curiosidade sobre o que ele poderia fazer na categoria, pois semanas mais tarde, Mac Fraser sofreu um acidente fatal num prova de F2 em Reims, com um Lotus. Seria ele, apontam as estatísticas, o primeiro piloto a falecer ao volante de um carro projetado por Colin Chapman.


Herbert Mackay-Fraser, BRM P25.



Frederico José Carlos Themudo d`Orey, o Fritz d`Orey. Considerado promissor, Fritz recebeu a ajuda de ninguém menos que o lendário Juan Manuel Fangio em sua aventura no Mundial de F1. A carreira de Fritz d`Orey também foi brutalmente interrompida em 1960, após um sério acidente nas 24 Horas de Le Mans, em junho de 1960.



Frederico José Carlos Themudo d`Orey.


Depois de uma década toda sem pilotos brasileiros, Emerson Fittipaldi iniciou a sua carreira como piloto de F1 ao serviço da Lotus no ano de 1970.


Emerson Fittipaldi em sua Lotus, 1970.


A F1 teria dois irmãos correndo na mesma temporada, em 1972 com Wilsinho e o irmão Emerson Fittipaldi.



Wilsinho Fittipaldi, Brabham, 1972.



Em 1972, ainda tivemos o Moco, José Carlos Pace, que chegou a vencer o GP do Brasil em 1975.



José Carlos Pace.




Também em 1972, Luiz Pereira Bueno, o Peroba, pilotou um carro de F-1 pela primeira vez, ainda que alugado, pela equipe March, no Brasil, em prova que não valeu para o campeonato. Na temporada seguinte, voltou a correr em casa, desta vez pela Surtees.



Luiz Pereira Bueno, o Peroba.


Ingo Hoffmann competiu na Fórmula 1 pela equipe Copersucar-Fittipaldi por 6 corridas, em 1976.


Ingo Hoffmann,Copersucar-Fittipaldi.


Teve também Alex Dias Ribeiro e seu Hesketh 308-C patrocinado pela Penthehouse, em 1976.


Alex Dias Ribeiro em sua corrida de estreia na Fórmula 1. 
GP dos EUA, 1976.




E em 1978, estreia pela BS Fabrications, de Bob Sparshott, que tinha um McLaren M23. O maior de todos, o Tri Campeão, Nelson Piquet Souto Maior.

"Aposto meu dinheiro, com quem quiser, que Nelson Piquet será campeão mundial em três anos." (chefe de equipe da BS Fabrications, David Simms).


Nelson Piquet, BS Fabrications, 1978.


Em 1981 Chico Serra ingressou na Fórmula 1, correndo pela equipe Fittipaldi Automotive, tendo como companheiro Keke Rosberg. Em 1983 disputou três corridas pela equipe Arrows, encerrando sua participação na categoria.


Chico Serra, Fittipaldi Automotive, 1981.


Raul Boesel entrou para a Fórmula 1 em 1982 correndo na equipe March, e em (1983) pela Ligier. O casco do capacete do Boesel, é um dos mais bonitos do automobilismo.


Raul Boesel, Ligier.


Em 1982, quando Mansell se lesionou no pulso, Roberto Pupo Moreno, o SuperSub, foi convidado por Chapman à guiar o Lotus 91.


Roberto Pupo Moreno, em sua estreia na F1,
com o lindo carro preto e dourado da Lotus.


Em 1983, Ayrton faz vários testes, na Brabham, Willians, McLaren e Toleman, onde vai correr em 1984. E a história, todos já sabem.


Senna testando na Brabham, em 1983.
 Senna testando um Williams,
em  Donington Park, 1983.

Mauricio Gugelmim, chegou a ser cotado para ser piloto da Lotus em 1986, por sugestão de Senna, mas estreiou em 1988, pela March. Em 1989, conseguiu sua consagração, o 3º lugar no Grande Prêmio do Brasil.


Mauricio Gugelmim, March.

Cristian é o terceiro membro da família do Comendador Wilson Fittipaldi à guiar um F1. Após ser campeão de Fórmula 3000 em 1991, foi convidado pela Minardi para fazer testes, deixando os membros da equipe impressionados e marcou seu primeiro ponto com um sexto lugar no penúltimo GP da temporada, no Japão.





Rubens Barrichello, o chorão. Em 1993 iniciou sua carreira na Fórmula 1 pela Jordan. Neste ano, ele vence o evento Formula One Indoor Trophy. Em 1994 conquista seu primeiro pódio no GP do Pacífico em Aida e a sua primeira pole-position, no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. Rubinho foi uma esperança que se deixou vender. Ficou à sombra do alemão. Mas foi campeão por todas as categorias que disputou, antes de chegar à F1. E Stock Car 2014.


Rubens Barrichello, Jordan, 1993.


Pedro Paulo Diniz, tinha o dinheiro, e só!...Seu primeiro Grande Prêmio disputado foi o GP do Brasil em 1995 pela equipe Forti.


Pedro Pulo Diniz, levou o dinheiro da Parmalat para Forti.


Ricardo Rosset, nem dinheiro tinha!...Competiu entre 1996 e 1998 por Footwork, Lola e Tyrrel.


Ricardo Rosset.


Em 1995, após vencer uma corrida na F-3000, em Portugal, no circuito do Estoril, Tarso Marques foi convidado por Giancarlo Minardi, dono da equipe Minardi a realizar um teste.

Tarso estreou na Fórmula 1 em 1996, no Grande Prêmio do Brasil. Participou de 24 GPs, até abandonar a categoria em 2001, sem marcar pontos.


Tarso Marques, Minardi.


Em 1997 Ricardo Zonta assinou contrato com a McLaren para ser piloto de testes, com a garantia de ser titular caso algum dos pilotos deixasse o time. Como a equipe inglesa foi campeã em 1998, os pilotos foram mantidos e Zonta foi emprestado a BAR.

Melhor pra McLaren....rs



Ricardo Zonta, BAR.


Luciano Burti, iniciou na categoria em 1999, como piloto de testes da equipe Stewart. Em 2000, com a compra da Stewart pela Ford, a equipe mudou para Jaguar Racing, e Burti foi mantido como piloto de testes. Ainda em 2000, chegou a disputar uma prova, a única na temporada, o Grande Prêmio da Áustria, onde substituiu Eddie Irvine. Em 2001 ganha o lugar na equipe.

Luciano Burti, Jaguar R2, Interlagos, 2001.

Em 2001, Enrique Bernoldi estreia pela Arrows. E ganhou notoriedade pelos seus esforços no GP de Mônaco quando segurou David Coulthard por mais da metade da corrida e certamente custou ao escocês uma vitória e a possibilidade de David disputar com Michael Schumacher no Campeonato Mundial de Pilotos de 2001...Só!

Enrique Bernoldi, Arrows, 2001.


Em 2002 Felipe Massa teve sua estreia na Fórmula 1 na equipe Sauber. Com todas as vagas preenchidas para o campeonato de 2003, Massa acabou sendo piloto de testes da Ferrari.

Esse engana bem! Teve muitas chances, mas sempre é pior que o companheiro de equipe....rs

Felipe Massa, Sauber.


Em 2003, Cristiano da Matta fez sua estréia na Fórmula 1 pela equipe Toyota. Em sua temporada de estréia ele marcou 10 pontos.

Cristiano da Matta é filho do lendário Toninho da Matta, 14 vezes campeão brasileiro de turismo.

Cristiano da Matta, Toyota, 2003.


Mais uma enganação! Antonio Pizzonia.

Estreou na Fórmula 1 em 2003, como piloto de testes da Williams F1 e correu quatro grandes prêmios em 2004, no lugar de Ralf Schumacher, e em 2005 correu a temporada inteira substituindo Ralf.

 Antonio Pizzonia, Williams, 2003.


Nelsinho Piquet, a cagada do Nelsão!

Foi anunciado para 2008 como piloto titular ao lado de Fernando Alonso, pela equipe Renault. Ainda em 2008, também pela equipe francesa, conseguiu seu primeiro pódio, ao chegar na segunda colocação no Grande Prêmio da Alemanha. 

Em 2009, Nelsinho assumiu, perante a FIA, ter provocado o acidente ocorrido durante o GP de Cingapura de 2008, a pedidos de seus chefes, para beneficiar a equipe Renault.

Que o Pedro Piquet restaure o nome da família na F1.

Nelsinho Piquet, Renault, 2008.


Bruno Senna, estreou em 2010 pela Hispania Team. Passou pela lendária Lotus em 2011 e fez seu último ano de F1 pela Willians em 2012.

Mas não se pilota só com o nome, né?

A esperança brasileira se renovou,
vendo um Senna e uma Lotus.

Lucas di Grassi, faz sua estreia na Fórmula 1 em 2010, pela Virgin Racing, do milionário Richard Branson, proprietário da Virgin Records, sendo o 30º brasileiro a correr na categoria.

Lucas di Grassi, Virgin Racing, 2010.


Felipe Nasr foi anunciado como piloto titular da equipe Sauber para a temporada de 2015, tendo como companheiro de equipe o sueco Marcus Ericsson.

Felipe Nasr GP2.

Mais uma esperança! E que venha 2015!